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07-07-2005

Deputado do CDS acusa presidente da câmara e vice de traição


Oliveira do Bairro

“A União Desportiva de Bustos sente-se humilhada, ofendida e traída na sua dignidade”. Quem o afirmou, na última sexta-feira, na Assembleia Municipal de Oliveira do Bairro, foi o deputado do CDS/PP, Fernando Vieira, que é também presidente daquela colectividade desportiva.

É que Fernando Vieira não aceita que a câmara apoie com 260 mil euros o Oliveira do Bairro Sport Clube (OBSC) na construção de um novo campo, enquanto o da UDB não é concluído por falta de verbas.

Os traidores

Fernando Vieira - com toda a força - chamou, em plena Assembleia, traidores a Acílio Gala, e Victor Oliveira, justificando que “o presidente da câmara faltou à verdade porque assumiu que não seria construído mais nenhum campo de futebol no concelho, enquanto a UDB não tivesse um”. E acusa Victor Oliveira, vice-presidente, de ter usado informações comerciais da UDB para negociar o futuro campo do OBSC. “Estes são os dois traidores deste processo”, garantiu Fernando Vieira, denunciando ainda Manuel da Conceição Pereira, presidente da junta local, de não ter assumido uma posição de força neste processo.

Dirigindo-se ainda ao presidente da Junta de Bustos, Fernando Vieira fez questão em afirmar que este autarca “na hora da verdade, foi embora”, sublinhando que, quando este “se sentiu ferido na sua integridade (numa alusão a um comunicado que foi distribuído e que abordava alegada interferência da junta na elaboração de um Plano de Pormenor) nós estivemos lá a dar-lhe apoio. E agora, como paga, recebemos o desprezo”, afirma o deputado do CDS/PP, acrescentando que “aqueles que nos traíram irão escutar as vitórias do Bustos. Aqueles que nos abandonaram irão sempre nos lembrar quando passarem em frente ao campo. E aqueles que nos traíram na calada, por detrás, e que não tiveram coragem para chamar são os traidores de Bustos”.

Fernando Vieira fez questão ainda de frisar que, o Bustos tem uma dignidade muito grande e não se vergará”, reforçando: “aos traidores que nos abandonaram, que iremos continuar a jogar no velho campo, onde os jogadores se esfarraparão pelas vitórias. Vamos ter orgulho de ter lutado e apontar aqueles que nos abandonaram”.

Em defesa do partido

Fernando Vieira recordou que sempre protegeu as cores do CDS, e que, na semana passada, a UDB recebeu o candidato do PSD à presidência da câmara nas próximas autárquicas e defendeu a câmara, porque “até aquele momento, o presidente tinha sido correcto”.

Fernando Vieira passou a explicar, então, os motivos do descontentamento: “Assinámos um protocolo no valor de 200 mil euros, e tentámos tudo para fazer um campo de futebol com aquele valor, mas não conseguimos. Pedimos à câmara, mas não tinha verbas”.

“Em contrapartida, o vice-presidente da câmara, Victor Oliveira, informou-me, esta semana, que tinham acabado de assinar um protocolo com OBSC para a construção de campo de futebol no valor de 260 mil euros”.

“Ora não posso aceitar que haja dinheiro para o OBSC e para o Bustos não haja verba. Havendo dinheiro, fomos traídos”, reforçou Fernando Vieira que, apesar de se sentir apunhalado, fez questão em justificar que a vereadora Leontina Novo, e o presidente da Comissão Política Concelhia, Carlos Silvano, sempre estiveram do seu lado.

“Injustiça, falta de igualdade”

Já Henrique Santiago, do PS, solidarizou-se com Fernando Vieira, afirmando que “os campos destinados à formação funcionam como a segunda escola dos nossos filhos”, incentivando, entretanto, o deputado a lutar.

Da bancada do PSD, Manuel Nunes lamentou a injustiça, a falta de igualdade, e que “não é com falas mansas que se conseguem fazer obras, mas com homens de barba rija”.

“A UDB ficou prejudicada e fica provado que, se as pessoas me ouvissem, muitas coisas não tinham acontecido neste concelho”, pedindo que “seja ressarcida a justiça em relação à UDB”.

Por seu lado, Manuel da Conceição Pereira afirmou estar estupefacto com os acontecimentos, sublinhando que “a UDB e Bustos sabem do meu empenho. O campo é um projecto que tem sido apadrinhado pela Junta de Freguesia”, lamentando ter sido preterido.

Entretanto, Acílio Gala fez questão em sublinhar que não cedia a questões políticas, chantagens, ciumeiras, e nem sequer ia a reboque. “Só pela firmeza de carácter e por falar a verdade é que estou aqui, há 16 anos”, afirmou o presidente em final de mandato.

Explicou ainda que o protocolo, celebrado com o OBSC, prevê que, em caso de dificuldade de pagamento por parte da autarquia, seja o OBSC a aguentar os pagamentos até a câmara ter disponibilidade financeira. Assim como, clarificou que o protocolo, assinado com o UDB, prevê 200 mil euros para 2005, e 50 mil para 2006, e o presidente da colectividade apresentou um documento em que diz que a UDB vai gastar 82 mil euros em 45 a 60 dias. Por isso, “é necessário parar, pensar e dialogar”, garantindo que “ninguém foi preterido por ninguém”.

Gala terminou por afirmar que “o presidente da UDB é inteligente e vai conseguir o seu campo de futebol”.

Victor Oliveira ao JB refutou as afirmações de Fernando Vieira, e garantiu que não teve conhecimento do orçamento da UDB, sublinhando ainda que já pediu o documento e não foi entregue até ao momento.



Pedro Fontes da Costa
pedro@jb.pt


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